domingo, outubro 10, 2004

D.

Gostei dos teus olhos negros
Parece que escondem alguma coisa.
Gostei da tua cara triste
Que ás escondidas pede um beijo e um afago
Gostei do teu toque suave
Que não cansa
Não gostei do teu silêncio fora de horas
Não gostei que te estivesses escondido
Porque eu só quero a tua verdade.

O que é a tristeza?
É quando te perco mesmo quando te encontro.

Zianne
A descer esta rocha sei que não vou tropeçar
Porque os meus pés são os teus
Mesmo que me desiquilibre,
Mesmo que tropece
Mesmo que caia
Nunca vou cair
Porque tu és eu e eu sou tu
Mesmo que rebola na areia
Mesmo que me afunde no mar
Sei onde é a minha casa
Sei onde está a lembrança da borboleta rara
Sei onde estão os teus beijos
A minha música
O sitio onde todos os sorrisos bailam

Zianne
Sou a nómada que tem sempre
de mudar de lugar
sou a instabilidade
da tua segurança petrificada
Tu és uma chama vacilante
na penumbra da noite
um sonho meio esquecido
nas minhas folhas de papel

Zianne
Vem a noite
Grito de poeta
Uivo de lobo
Quero descobrir o teu corpo
Quero engolir o teu espírito
Por entre movimentos infinitos
Rebolar na tua alma salgada
À beira mar
Numa cambalhota lunar

O crepúsculo já se foi
A manhã arrancados do sonho
Já é tempo de fugir
Já é tempo de voltar

É o amor que nos faz revolver
Na passividade dos dias
sem rebeldias…
É o amor que sussurra o segredo
E grita sem medo

…de percorrer o teu corpo
… de aspirar a tua alma
… de correr até à exaustão
… de cair na areia molhada

Zianne

quarta-feira, outubro 06, 2004

"i look into the mirror... i see pain"
"i search inside the pain.. i see dreams"
"i fly thru out the dreams.. i saw dark"
"i'm lost.. inside the dark
heard the voice of mind.. i fall apart"
"i touch my little pieces.. i burn the breeze"
"i'm lost.. inside the small cloud of breezing ashes"
"were are the profets that told my dreams i could catch a blue rose
were are the poets that wrote in sand the dream of the empiric
were is the water that took the poem in her harms
in the vast blue ocean.. in the sorrow of beauty.. the loud song of the dolphin.. to the small black hole inside me
the quiet numb reaches us both.. then.. comes the floating melodic perfume, of the platonic love dance in blue rose.

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O gato que não era

O gato que não era
Estava sentado no degrau da porta, deixando o cigarro morrer enquanto se me iluminava a música.
Aqui a planície pariu a serra e o calor derrete-nos a alma.Ao longe a miopia provoca confusões. A silhueta branca é intrigante:
Será cão? ou gato?Cão não é.
O gato é delicioso no seu andar, pisando gentilmente a calçada, com o corpo tangueando quem o olha, uma bailarina, garota que delicia os olhares por onde passa, provocadora do desejo e dando azos ao ciumar de quem a julga ter.
O gato baila com seu corpo e seu olhar de desdém para quem o quer.É um cão. Sem gentileza, nem ciumar, mas uma tontearia desgarrada de bicho louco.
O cigarro esse continua a sua agonia esfumarada, cumprindo o seu destino e saudando com o vermelho, um baton em sua morte, o fim que o puxa.
Enquanto me afogo em pensamentos, sabe-se lá de quais, os carros se dirigem para lá onde vão, sem conversa. mas com o soluçar da velocidade que não perturba o cão.Não é desprezo.
O gato esse sim é desprezeiro.
O cão é ingenuidade de tonto que caminha com o seu sorriso dependurado na língua de fora que contrabalanceia seu rabo.Se o chamasse correria na felicidade que algo aqui o esperaria.
O gato me olharia, se me olhasse, e me mandaria para algum lado menos próprio para quem o compreenda.
Mas o seu olhar é expressão mais forte que qualquer expressão típica de boteco.
O cigarro morreu. Faço-lhe o funeral e cumpro-lhe o velório.Deixo o gato que não era e volto para dentro.

Marco Alexandre Saias

Êxtase

Escuridão total.

Lentamente parto...

É inverosímil que o mesmo espaço albergue uma miríade de realidades completamente diferentes. O vácuo de outrora ganha agora novos e fascinantes contornos. O próprio vazio parece conter em si uma misteriosa complexidade. O nada é tudo. A simplicidade torna-se estranhamente simples... Uma embriaguez de sentidos que lentamente se apodera de todo o meu Ser faz-me desejar tudo com uma paixão brutal. Uma dor doce, desconhecida, a antítese da escuridão passada, inflama-me o corpo, sei agora que tudo começa e acaba em Mim. Uma omnisciencia ignorante, bela e feroz. Contenho em mim todas as formas de divino. Deus é tão real quanto o reflexo de um espelho. Sinto em mim um enorme poder destruidor e criador, apenas porque me sinto verdadeiramente Eu. E porque sinto em mim toda a força e a verdade do Universo. O medo não é mais do que uma recordação triste dum passado distante, desconheço agora totalmente o seu significado. Não há ilusões, sonhos... sei-o agora, apenas diferentes formas de sentir, e não há nada mais real do que o sentir. Tudo tem o seu lugar próprio. Não há coincidências. O tempo caminha indiferente. Cumpre-se o destino.
Chega o crepúsculo, e com ele, a inevitabilidade do triste regresso aproxima-se. Restar-me-á apenas a nostalgia e a doce memória de ter vivido a plenitude de uma forma indescrítivel. Há coisas que permanecem melhor inexplicadas...

Regresso... e comigo, a escuridão...

Frater Skepticus
14 de Junho de 2002

Sua gentileza de andar

Sua gentileza de andar, descalçada de atenção,
distraída pelo embaraço de um sorriso ternurento, perdido,
enevoado num sonho esquecido, hum..
que encanto, tão desajeitada, tão deselegante no olhar...
Caminhava assim todos os dias,
dias marcados por uma rotina insonsa e ingénua.
Café da manha: um sorriso ao espelho negro, um beijo no calor branco, um doce...

Marco Alexandre Saias

Alembramento

É possível que te esqueças de mim.
Não me espanta e não me admira.
Se até a Lua me foge.
e o Sol quando me vê sair à rua, sai de seu poleiro de meio dia,
é pois possível que me hajas perdido do teu recordar.
Não me queixo de mim não te alembrares.
São factos na vida que se obscuram e se perdem na importância dos dias.
[Ainda por mim ontem passaste,
mascavas pastilha,
e de mim o teu olhar não se desviava porque não via.
Não é que te tenhas perdido no desengano da minha memória.
Simplesmente deixaste de me reconhecer no teu dia.]

Marco Alexandre Saias


terça-feira, outubro 05, 2004

SONG: THE UNFORGIVEN

New blood joins this earth
and quikly he's subdued
through constant pain disgrace
the young boy learns their rules
with time the child draws in
this whipping boy done wrong
deprived of all his thoughts
the young man struggles on
and on he's known a vow unto his own
that never from this day
his will they'll take away
what I've felt
what I've known
never shined through in what I've shown
never be
never see
won't see what might have been
what I've felt
what I've known
never shined through
in what I've shown
never free
never me
so I dub thee unforgiven
they dedicate their lives
to running all of his
he tries to please them allt
his bitter man he is
throughout his life the same
he's battled constantly
this fight he cannot win
a tired man they see no longer cares
the old man then prepares
to die regretfully
that old man here is me
what I've felt
what I've known
never shined through in what I've shown
never be
never see
won't see what might have been
what I've felt
what I've known
never shined through in what I've shown
never free
never me
so I dub the unforgiven
you labeled me
I'll label you
so I dub the unforgiven

Artist quotes

The painter's mind is a copy of the divine mind, since it operates freely in creating the many kinds of animals, plants, fruits, landscapes, countrysides, ruins, and awe-inspiring places. (Leonardo da Vinci)

Painting is the grandchild of Nature.It is related to God. (Rembrandt)

Choose only one masterNature(Rembrandt)

Every child is an artist. The problem is how to remain an artist once we grow up.(Pablo Picasso)

We all know that art is not truth. Art is a lie that makes us realize the truth. (Pablo Picasso)

Beauty is truth, truth is beauty (Keats)


Pandora's box

There’s a mask in each of you
like the mists in Avalon
you don’t show the beauty
you don’t show the purity
you don’t let the people see trough
Is it good, or is it bad?
If those people doesn’t hurt you
you don’t turn sad...
And you’re “I” keeps going high...
But we I don’t see all your sight...
And is it right?
At least,the beauty is locked inside
There’s no paradoxes behind the mists
Find me lover
Don’t let the box of Pandora in suffer
Pensa nisto:
«A centopeia era feliz,completamente.Até que, de brincadeira, lhe perguntou um sapo:
"Qual é a perna que primeiro moves ?"
Tanto se atrapalhou a sua menteque não mais conseguiu andar ...»

Muho - No Direction, No Path, No Dharma diz:
"Aqueles que sabem não falam . Aqueles que falam não sabem ".

IMMORTEL

Aucun de ce valeurs
le poison qui fonctionne dans vos yeux.
vos yeux verts,
les lacs souhaitent dedans que mon âme tremble
et Se elle-même versl'arrière,
mes rêves apear dans les milliers
pour se sacier dans ces abîmes amers

Ilha sem lua

Suspiros,
lanço-os ao vento
ele k carregue este tormento
levo a Tristessa guardada no baú
ela tirou o espaço aos outros tesouros
solução foi atirá-los ao mar
as sereias ficaram encatadasencantadas
dançaram ao luar
O duende no mastro,
com o seu sopro continuou a melodia
O sol escondeu-se atrás da água
A noite beijou e depois matou o dia
doce traiçãoque vem alegrar
quem escuta o coração
A lua espantada no mar negro viu o seu reflexo
e com a beleza prateada evaporou-se
A dama semi-morta escreveu mais uma frase sem nexo
Sem luz,sem espelho
Todos os seres morreram nakele mundo perfeito
A solidão não lhes conseguia dizer
como eram bonitos
E aflitos, sufocaram em toda a perfeição
que sem imperfeição...não valia nada.

segunda-feira, outubro 04, 2004

Avalonia

I am just a fragile mass
in the Avalon island, dawn and shadows
that were called Ynis Withrin
All the secret dreams of a dream life
are in the white and red fountain,
in the tree of the unskinned Tailiesin
in the aples of the land.
Prares to gods and goddesses
hiden behind the mists
3 meters down the humid ground
are the priests and the priestesses...
And the wise druids...
But the gifts are still around
There is a hoard disappeared
in the humbleness of the souls
Until that treasure be bareheaded,
Hope in divinity remain and stills
some of you’re lifes survive
some of you’re lifes She kills