Êxtase
Escuridão total.
Lentamente parto...
É inverosímil que o mesmo espaço albergue uma miríade de realidades completamente diferentes. O vácuo de outrora ganha agora novos e fascinantes contornos. O próprio vazio parece conter em si uma misteriosa complexidade. O nada é tudo. A simplicidade torna-se estranhamente simples... Uma embriaguez de sentidos que lentamente se apodera de todo o meu Ser faz-me desejar tudo com uma paixão brutal. Uma dor doce, desconhecida, a antítese da escuridão passada, inflama-me o corpo, sei agora que tudo começa e acaba em Mim. Uma omnisciencia ignorante, bela e feroz. Contenho em mim todas as formas de divino. Deus é tão real quanto o reflexo de um espelho. Sinto em mim um enorme poder destruidor e criador, apenas porque me sinto verdadeiramente Eu. E porque sinto em mim toda a força e a verdade do Universo. O medo não é mais do que uma recordação triste dum passado distante, desconheço agora totalmente o seu significado. Não há ilusões, sonhos... sei-o agora, apenas diferentes formas de sentir, e não há nada mais real do que o sentir. Tudo tem o seu lugar próprio. Não há coincidências. O tempo caminha indiferente. Cumpre-se o destino.
Chega o crepúsculo, e com ele, a inevitabilidade do triste regresso aproxima-se. Restar-me-á apenas a nostalgia e a doce memória de ter vivido a plenitude de uma forma indescrítivel. Há coisas que permanecem melhor inexplicadas...
Regresso... e comigo, a escuridão...
Frater Skepticus
14 de Junho de 2002
Lentamente parto...
É inverosímil que o mesmo espaço albergue uma miríade de realidades completamente diferentes. O vácuo de outrora ganha agora novos e fascinantes contornos. O próprio vazio parece conter em si uma misteriosa complexidade. O nada é tudo. A simplicidade torna-se estranhamente simples... Uma embriaguez de sentidos que lentamente se apodera de todo o meu Ser faz-me desejar tudo com uma paixão brutal. Uma dor doce, desconhecida, a antítese da escuridão passada, inflama-me o corpo, sei agora que tudo começa e acaba em Mim. Uma omnisciencia ignorante, bela e feroz. Contenho em mim todas as formas de divino. Deus é tão real quanto o reflexo de um espelho. Sinto em mim um enorme poder destruidor e criador, apenas porque me sinto verdadeiramente Eu. E porque sinto em mim toda a força e a verdade do Universo. O medo não é mais do que uma recordação triste dum passado distante, desconheço agora totalmente o seu significado. Não há ilusões, sonhos... sei-o agora, apenas diferentes formas de sentir, e não há nada mais real do que o sentir. Tudo tem o seu lugar próprio. Não há coincidências. O tempo caminha indiferente. Cumpre-se o destino.
Chega o crepúsculo, e com ele, a inevitabilidade do triste regresso aproxima-se. Restar-me-á apenas a nostalgia e a doce memória de ter vivido a plenitude de uma forma indescrítivel. Há coisas que permanecem melhor inexplicadas...
Regresso... e comigo, a escuridão...
Frater Skepticus
14 de Junho de 2002


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