quarta-feira, outubro 06, 2004

Alembramento

É possível que te esqueças de mim.
Não me espanta e não me admira.
Se até a Lua me foge.
e o Sol quando me vê sair à rua, sai de seu poleiro de meio dia,
é pois possível que me hajas perdido do teu recordar.
Não me queixo de mim não te alembrares.
São factos na vida que se obscuram e se perdem na importância dos dias.
[Ainda por mim ontem passaste,
mascavas pastilha,
e de mim o teu olhar não se desviava porque não via.
Não é que te tenhas perdido no desengano da minha memória.
Simplesmente deixaste de me reconhecer no teu dia.]

Marco Alexandre Saias