domingo, março 06, 2005

Aos deuses decerto pareço uma criança
abandonada e sozinha
num mudno de horror
cenario macabro
em que me deixas-te encerrada em incertezas
d'um silencio caprichoso e sozinho
desmedido e perigoso
esse teu silêncio é o meu veneno
mas eu tenho que me alimentar nesta selva amarga
onde orquideas morrem
eras definham
e eu choro sentada neste tronco
de árvore mórbido, a definhar, meio partido
como as minhas lágrimas que quebram em gelo
antes de chegar ao chão
És sonho e noite
e de dia o meu pesadelo
porque esse olhar gélido, prendeu-me
aqui nesta selva amarga e fiquei condenada a um sorriso
que já não consegue sorrir.